Aberto para Obras

20.3.15

Sem Título

Vou reactivar o meu blog. A partir de hoje vou escrever unicamente sobre mim. Tudo o que levo cá dentro. Estou a trabalhar como administrativa. Gosto do contacto com as pessoas pois estou integrada num gabinete de apoio aos desempregados. Nada de gabinete tipo alcoólicos anónimos, apesar de às vezes ouvir mais do que a função exige. Gosto porque tem-me ajudado a perceber muitas coisas sobre a vida, as vidas e a minha vida. Mas talvez isto nem seja bem bem assim. O que eu sonho é costurar e fazer roupa. Para além disto, tenho uma sensibilidade para outras áreas da expressão criativa, adoro colagens e gosto de pintar. Mas sou patusca. Faço por encanto não com regra. E a verdade é que nunca funcionei bem com as regras. Não se vá pensar que sou socialmente apontada por se desregrada ou que me destaque por causar confusão. Nada disso. Vivo sonhando. Raramente estou em mente no local estático onde trabalho. Estou sempre sonhando com uma fuga. Estou sempre pensando num momento onde me transformo. A minha vida toda foi assim. Quero sempre o meu sonho. Custa-me desistir. Na verdade não quero. E procuro sempre, através das minhas pesquisas e procuras as inspirações para fazer do sonho realidade. Para conseguir parar ou pelo menos entender o choro da minha angústia constante. Porque doí-me esta inércia. No meu recurso ao desconhecido, e também por aproximação deste pelos meios tradicionais da minha educação, para apaziguar o meu descontentamento abro a Bíblia. Surge Isaías - 12 Hino do Resgate. Acalmo-me. Recorre ás palavras que surgem a minha frente como um calmante mas não arranca a raiz da insatisfação. Faço uma interpretação da mensagem ao encontro da minha vida. E fecho a Bíblia. Resigno-me. Penso que um dia vou conseguir ir ao encontro do meu sonho e que ele será a minha verdadeira salvação. O tempo passa e eu não sei sair desta bolha.

19.3.15

Olá, de novo. Passaram 5 anos. Acontece que vou arranca de novo. Algo está à minha espera.

25.6.10

Muita Paprika




Hoje é com raiva!!

Eu até nem sou daquelas pessoas que casco muito no meu pais... talvez me sinta eternamente ligada a ele por identificar alguns dos seus traços em mim mesma. Um entrave grande, pois se fosse germânica pelo menos podia ser enviada "undercover" para o Algarve para começar de novo, caso traficasse droga na Alemanha ou roubasse um cigarro na Holanda e claramente sairia bem na mudança...Assim, não posso.

Mas a verdade é que sou portuguesa, e como tal sinto-me à "vontadinha" para dizer mal, que no fundo não é nada de mal. Até é normal por cá.
Assim, e falando mal, vou falar hoje do meu desagrado com algumas das normas do way of living tugês.

Em primeiro: como é que em Portugal ainda ninguém se lembrou de institucionalizar ou tornar um icon nacional a CUSPIDELA ?
A sua frequência, a naturalidade e a aceitação aliam-se nesse momento solene de mandar um grande escarro ou apenas uma saliva envolvida em restos de refeição, inofensivamente e, É CLARO, necessariamente libertada por grande parte do sexo masculino português e alguns exemplos, os mais emancipados, femininos.
É transversal a toda a nossa cultura e, neste momento, até dá aquele charme apoteótico de Cristiano Ronaldo em pleno campo de futebol pronto a rematar!
Imagem Gloriosa!

Caros amigos, claramente não é sexy, não é simbolo de masculinidade nem é uma imagem passageira, acreditem... É Perturbante sobretudo se existe a possibilidade de acertar em alguém (em MIM!) com esse gesto!!! EU DIGO NÃO A CUSPIR, ESCARRAR OU PURGAR NA VIA PÚBLICA!
Mães deste pais, eduquem os vossos filhos,os futuros HOMENS PORTUGUESES era para começar ontem, mas acho que ainda se justifica.

Agora vou a outra questão que me perturba imenso e não tenho intensão deixar passar. É o facto das pessoas deitarem LIXO PARA A RUA. Não, já nem estou a falar dessa prática ancestral de colocação do lixo doméstico via do voo pela janela. Essa, quero acrditar que está (totalmente) extinta...
Falo de actos mais simples como ir bebendo, airosamente, uma coca-cola ou uma pepsi(consoante a imagem que se gostar mais, se a da cindy ou do beckam e ainda mais que agora até apetece e satisfaz para libertar dos calores) e DEITAR A LATA PARA O CHÃO!
Ou então sou muito contemporanêo e até me visto na moda, seguindo todas as regras recomendadas do vestuario e respectivos assessórios mas sou o suficientemente IDIOTA para ao tirar as etiquetas das minhas novas blusas XXL da última colecção da H&M, deito-as PARA O BANCO DA PARAGEM DO AUTOCARRO PORQUE TENHO DE APANHAR LUGAR PRIMEIRO...
Mas quem pensam que são essas pessoas que me obrigam a fingir normal o facto da sua falta de civismo e de noção do próximo e de sociedade em geral para me obrigarem a viver com a sua MERDA!!!! É ISSO MESMO! Estou farta de gente porca!!!

Andamos aqui todos a remar para o mesmo lado ou quê?? Eu nao faço isso, porque tenho de aceitar que mo façam?

Refila-se mal, fala-se do que não se sabe. Pior fala-se sem se querer saber.

Volto ao que inevitavelmente me remete para a causa destes erros: EDUCAÇÃO ou, aliás, a falta dela e também um visivel desresteito pela responsabilidades civicas pela parte destas pessoas.Não querem saber de nada!
Entre nós é demasiado visivél. Na cidade de Lisboa é demasiado visivel e igualmente incompreensivel. Numa cidade como esta não se admite que esta falta de civismo paute os comportamentos.


Pergunto-me que raio de humanização é esta de se passar por um caixote de lixo e se achar normal que esteja tudo fora, espalhado no chão?? Que merda de amor podemos ter aos nossos animais domésticos se os obrigamos a esperarem o dia todo para uns minutos de liberdade antes da hora do jantar ou da bola e depois nem lhes damos a dignidade de "esconder" o resultado da sua prisão através do uso do respectivo saco e colocá-lo no LIXO para que com este fim qualquer criança possa correr livremente pelos passeios ou que os idosos possam ir num caminho de calma merecida para casa sem que o façam com a possibilidade do perigo de escorregar ou fazer desvios forçados pela presença desagradável de algo que não pode estar ali, que não é dali.

Não sabemos educar, não soubemos prevenir estes acontecimentos e nem assumimos posições em situações de comportamento tão básico como partilhar o espaço de todos sem limitar essa partilha.
Apartir destes exemplos devia-se pensar em outras ainda maiores, mais perigosas que se permitem. Não é necessário um manual para ler isto em todos os campos da sociedade. Uns mais flagrantemente.

Bom fim de semana.

25.2.10

Acordo Ortográfico

Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais *


* Para cantar com uma água de coco na mão compositor: Vinicius de Moraes versão pela voz de: Maria Creuza

Ao meu Índio...

21.2.10

Sem outro interesse


A palavra Interesse anda há já algum tempo itinerante na minha cabeça.
E até sei como é que se decidiu a entrar. Hoje, ao ouvir um álbum antigo, revivi...
Aliás, relembrei coisas não há muito passadas.

Aí, nesse momento ela voltou a entrar!

"Qual era o teu interesse, naquela altura?" Qual era o meu interesse naquela altura?
Lembrei-me de algumas caras, alguns lugares, algumas situações que vive.
Que se alterou, então?

Claramente o interesse. Perder interesse... Perder o interesse.
Mas, quando alargo a vista, vejo que o interesse está em tudo: na pós-graduação que se decide fazer com o objectivo de evoluir, na revista de moda que se compra para ver o que se deve vestir, o interesse dum carro novo pois garante a deslocação e o chegar a...
Sei que são interesses diferentes, que se manifestam em diferentes fases.
Existem em redor.


Mas, e a falta de interesse?
Essa coisa horrível do nada querer, do nada sonhar, do nada propor? Como se perde isso?Que guerra é necessária travar para ter de novo, ao nosso lado, o Interesse? O interessar... O "Vou porque me interessa..." "Faço porque é do meu interesse...".

Quão perdidos precisamos estar para vermos tudo e não interessar nada?
Sofro algo com isto. Ás vezes, sofro muito.
Poucas coisas me interessam.
Não tenho a coragem de dizer pois eu sei que é algo desapropriado,
até mesmo motivo para um valente sermão.


Pelo contrário, ganhei um interesse imenso em estar com quem gosto e com quem me interessa.

A seu tempo, voltaram outros interesses, acho.

Imagem Retirada de:
http://www.ica-d.com/puzzle/play/memb/kids/candies/0candies4-d.htm

12.2.10

Alexander McQueen


Escolho estes para lembrar uma caminhada demasiado curta...

8.2.10

A verdade, é que não tenho nada para acrescentar.
Talvez pudesse justificar a minha ausência nestes meses.
Porém, poderiam surgir vozes que acusassem qualquer justificação dada como pura pieguice.

Assim, e como a vida é para quem a vive, andei a viver a vida. A minha.

E escrevo hoje porque hoje é um dia de comemoração.

A minha Mãe faz 56 anos.
E não posso estar com ela, pois o viver a minha vida obriga-me a isso.
Ela está a viver a vida dela.

A conversa parece estranha, eu sei.
Quero com esta estranheza falar de uma outra sensação que, felizmente, não se esgotou com a impossibilidade.

Vivi algumas coisas algo "fortes", até mesmo marcantes, com a minha Mãe. E com a Mãe da minha Mãe.E com a Filha da minha Mãe.
Talvez esta convivência tenha dificultado algo a minha vida.
Não por me "fazer mal", apenas porque a dureza de algumas realidades a partilhei com Elas.
Tive algumas confirmações.
Foi a minha percepção do "viver" feminino.
O viver a minha vida juntou-se a isto, fazendo a pessoa que sou.
Para bem ou para mal.

Este dia é muito mais importante para mim pois não consigo passá-lo sem pensar nas minhas Mulheres.
Elas geram, elas vivem e elas são.

Não sei se se pode afirmar que é diferente da realidade masculina.
Acredito que não pois as diferenças acabam por ser uma igualdade entre os géneros.

Aprendi que a diferença não está no género, nem na idade. Está na vida.
Nesse viver a vida que cada um tem de fazer. Cada um.

Neste dia bom, o que queria não pode ser.

O que se conta, é.

Parabéns, Mãe.
Parabéns às Mulheres da raiz e do ramo.